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Núcleo de Memória

NÚCLEO DE MEMÓRIA - HISTÓRIA

HISTÓRICO E DESENVOLVIMENTO DA FACHA

A criação da FACHA, no início da década de 70 - mais precisamente em 6 de dezembro de 1971, data da homologação do Decreto n° 861 - correspondeu à resposta oferecida pelo ensino privado, para atender à demanda social, que se avultou naquela época, em decorrência de dois fatores determinantes: de um lado, uma política de estímulo à graduação, para fazer frente a um novo mercado, que exigia crescente formação intelectual e habilitação técnica dos novos profissionais e, de outro, a falta de recursos governamentais que, de pronto, pudessem adequar o ensino a tal contingência. Tendo sido convidado para participar no Grupo de Trabalho para a Expansão do Ensino Superior no Brasil, o Prof. Hélio Alonso previu um mercado promissor na educação particular tendo em vista a falta de recursos governamentais para suprir a demanda do mercado.

Desde seu início, porém, a Instituição marcou um posicionamento bastante singular nesse panorama educacional. Jamais abrindo mão de objetivos verdadeiramente acadêmicos, a FACHA não se atrelou à conformação imediatamente ditada por parâmetros característicos do pragmatismo de mercado. Ao contrário, nossa preocupação foi sempre a de inovar, formando profissionais críticos, capazes de interferir transformadoramente neste mesmo mercado. Esta é a razão fundamental de nosso sucesso e de nosso crescimento.

Funcionando inicialmente com apenas duas salas de aulas, alugadas do Colégio religioso Imaculada Conceição, e contando com duzentos alunos em três turnos, mantinha já as três opções de habilitação: Jornalismo, Publicidade Propaganda e Relações Públicas, reconhecidas pelo Decreto n° 78.439 de 20 de setembro de 1976, e uma equipe cuidadosamente recrutada de professores da mais alta competência intelectual.

O resultado de tal política acadêmica permitiu, alguns anos depois, a formação de mais cinco opções, a saber: autorização para funcionamento do curso de Turismo em agosto de 1975, obtendo seu reconhecimento através do Decreto n° 81.283 de 31 de janeiro de 1978, autoriz ação para funcionamento do curso de Tecnologia em Processamento de Dados em outubro de 1989, obtendo seu reconhecimento através da Portaria n° 1 .856 de 30 de dezembro de 1994, autorização para funcionamento da habilitação de Radialismo em outubro de 1989, obtendo seu reconhecimento através da Portaria n° 1.078 de 28 de setembro de 1998, autorização para o remanejamento de vagas do curso de Comunicação Social para a Unidade Méier em julho de 1999, através do Ofício n° 0738 da REMEC-RJ e autorização para o fun cionamento do curso de Direito em abril de 2007, através da Portaria n° 35 9 da SESU.

Entramos, assim, em uma nova estrutura organizacional: as Faculdades Integradas Hélio Alonso. Devido ao extremo zelo com que seu criador, Professor Hélio Alonso, soube construí-la, esta obra permanece orientando e estimulando todos os que nela atuam, a fim de garantir aos nossos alunos sempre as melhores posições nos quadros profissionais e na continuidade dos seus estudos, em nível de pós-graduação e nos cursos de Mestrado das instituições oficiais.

Cumpre acrescentar, finalmente, a importância que representa, na preservação destes ideais, a política de participação de toda a comunidade no âmbito decisório e gestor da vida acadêmica.

Além de escolher os representantes dos vários segmentos que a compõem, nos Diretórios Acadêmicos e na Associação Docente, toda a comunidade vota periodicamente nos professores que integrarão o Conselho Superior - órgão que define e decide toda a ação administrativa - cultural e pedagógica da Instituição. E, neste Conselho, o voto de seu Presidente tem exatamente o mesmo peso que o de cada representante estudantil e o de cada representante docente que o constituem.

Nossos currículos definem, prioritariamente, o elenco de disciplinas que garantem a formação intelectual (filosófica e científica) do alunado para, a partir dai, introduzirem os estudos de caráter mais profissionalizante, sempre desenvolvidos, quer nos Laboratórios quer nas Bibliotecas, sob aquela preocupação fundamentalmente crítica e transformadora que referimos. Graças a estes fatores, a FACHA se mantém na liderança do mercado profissional, pois entende que cabe à universidade não caminhar atrelada às suas condições mais imediatas, mas, ao contrário, nele introduzir as modificações que, sob o primado da inteligência, o ajustem às necessidades de nossa sociedade.

A História da FACHA foi e está sendo, portanto, a própria história do desenvolvimento e da confirmação desses princípios, que devem corresponder à natureza e à razão de ser da própria Instituição Universitária.

A FACHA assumiu, antes de tudo, a obrigação de estar comprometida com o discurso e a solução dos problemas da sociedade brasileira, em nível municipal, estadual e nacional. Assim, é fundamental compreender as contradições do mundo atual, mundo em que o sistema denominado "nova ordem mundial" promove a miséria na mesma proporção do progresso.

No modelo da "nova ordem mundial", países considerados em desenvolvimento, devem adestrar humanos para a reprodução do mundo sistêmico, não fazendo sentido a produção de conhecimento. Nesse modelo, a educação vive ao sabor da moda "social e do mercado".

Por princípio, a Facha assumiu ao longo dos 37 anos, o compromisso com o desenvolvimento científico e tecnológico que promova o bem-estar da sociedade, privilegiando o modo de vida da sociabilidade, da espontaneidade, da solidariedade e da cooperação.

Seu ensino e sua pesquisa devem incentivar a investigação da realidade brasileira, recuperar o sentido ético da sociedade contemporânea e não aceitar a visão, imposta pelos países dominantes (ricos), de que ao Brasil cabe o papel de reprodutor e consumidor de tecnologia e cultura.

O tema central de estudo, na FACHA, deve orientar para que o meio acadêmico seja o regente do mercado, orientar para as transformações necessárias à sociedade brasileira, na sua caminhada rumo a uma existência democrática, menos injusta, mais livre e mais equilibrada na distribuição de sua riqueza.

A FACHA não deve ceder à pressão que vem transformando as universidades em espaços de treinamento, de produtividade, de maximização da competitividade e da simulação. As Faculdades Integradas Hélio Alonso devem seguir sua tradição, assumindo toda transformação que julgar necessária de acordo com os princípios filosóficos aqui estabelecidos.

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